A produção industrial pernambucana fechou o ano passado com alta de 4,6%, taxa 1,8 ponto percentual acima do acumulado nos 12 meses de 2006. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sete das 11 atividades pesquisadas apontaram taxas positivas. O segmento que mais influenciou nos resultados foi o de produtos químicos, com avanço de 23,2%, conforme a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física, com dados regionais, divulgada ontem pelo Instituto.
Os químicos foram impulsionados principalmente pelo avanço na produção de borracha de estireno-butadieno e tintas e vernizes para construção, segundo o IBGE, que destaca ainda os resultados positivos de alimentos e bebidas (1,3%) e de borracha e plástico (10,3%). Por outro lado, a atividade de máquinas, aparelhos e materiais elétricos exerceu a maior pressão negativa, com queda de 3,3%.
Com o resultado de 2007, Pernambuco ficou na sexta posição entre 14 áreas pesquisadas.
No comparativo de dezembro com o mês anterior, com o ajuste sazonal (sem contar a influência da época do ano), a produção industrial de Pernambuco cresceu 2,5%. O IBGE, ao comparar dezembro passado com igual mês de 2006, aponta para uma alta de 5,7%, ancorada também no bom desempenho de sete dos setores pesquisados. O principal crescimento veio de produtos químicos, com 41,6%, refino de petróleo e produção de álcool (35,4%) e alimentos e bebidas (2,1%).
Além do já mencionado aumento na produção de borracha, tintas e vernizes, Pernambuco avançou na fabricação de álcool, sorvetes e açúcar cristal. No mesmo comparativo, as influências negativas vieram de metalurgia básica (-9,1%) e celulose e papel (-26,3%) pressão exercida por vergalhões e fio-máquina de aço ao carbono, além de sacos, sacolas de papel e caixas de papelão corrugado.
FIEPE
Também ontem, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) divulgou os Indicadores Industriais. Cinco dos oito índices foram positivos.
No acumulado de 2007, o número de empregados do setor aumentou em 12,9%, os salários líquidos reais dos trabalhadores cresceram 3%, a remuneração paga pelas empresas avançou 2,9% e as compras das indústrias cresceram 7,1%. As vendas industriais e as vendas e transferências, contudo, caíram 2,1% e 0,8%, respectivamente.