A produção de etanol cresceu 6% em 2015, comparada ao ano anterior, atingindo o novo recorde de 30 bilhões de litros, destaca o documento Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis no Brasil em 2015, que mostra como o país chegou a esse patamar.
Os principais fatores para esse aumento foram a boa safra de cana de açúcar (colheita recorde de 660 milhões de toneladas no ano) e as medidas governamentais que aumentaram a atratividade do etanol, tais como a elevação do percentual de anidro na gasolina C; o retorno da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico); e a elevação do PIS/COFINS para a gasolina A. Também contribuiu a redução da produção de açúcar, motivada pelos baixos preços desse produto no mercado internacional.
Outros destaques de 2015 foram o crescimento expressivo de 34% da demanda do etanol hidratado, alcançando 19 bilhões de litros, e a queda de 7% no consumo de gasolina C. Houve também a queda de licenciamentos de veículos leves novos pelo terceiro ano consecutivo.
A contribuição da bioeletricidade proveniente das usinas do setor sucroenergético foi relevante, superando em 18,5% a quantidade injetada no Sistema Interligado Nacional em 2014.
Em 2015 foram produzidos 3,9 bilhões de litros de biodiesel, volume 15% superior ao observado em 2014. Destaca-se que o percentual mandatório, que permanecia em 7% desde novembro de 2014, foi ampliado através da Lei 13.263, sancionada pela Presidenta da República Dilma Rousseff, em 23 de março de 2016, para 8%, 9% e 10%, em até 12, 24 e 36 meses após sua promulgação, respectivamente.
Esta edição também apresenta um texto sobre as políticas públicas de incentivo ao mercado de biocombustíveis no Brasil. A sétima edição da Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética – EPE está disponível no site da EPE (www.epe.gov.br).