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Produção de combustível a partir do milho retrai 71% em Mato Grosso

Produção de combustível a partir do milho retrai 71% em Mato Grosso

A produção de etanol a partir do milho retraiu 71,5% em Mato Grosso na safra de cana-de-açúcar 2016/2017, na comparação com a safra 2015/2016. O volume de milho utilizado baixou de 373,649 mil toneladas para 106,443 mil toneladas, entre uma temporada e outra. A quebra na produção de milho encareceu o preço da commodity no Estado, inviabilizando a produção do etanol. Os dados são do balanço mensal do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/MT).

O ciclo produtivo da cana-de-açúcar 2016/2017 termina daqui 80 dias. Começou em 1º de abril de 2016 e encerrará em 31 de março deste ano, conforme calendário oficial fixado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De abril a novembro de 2016, conforme dados do Sindalcool/MT, foram produzidos 1,120 bilhão de litros de etanol em Mato Grosso, sendo que 5,21% do total são provenientes do milho (58,429 milhões/l).

A maior parte do etanol produzido no Estado é hidratado, abastecido diretamente nos veículos. Ao todo, foram produzidos 602,888 milhões (l), equivalente a 53,80% do total fabricado até novembro. Já o etanol anidro, que é utilizado como mistura na gasolina, representou 40,9% da produção total, com 517,536 milhões (l).

Etanol de milho – De acordo com o diretor-executivo do Sindalcool/MT, Jorge dos Santos, a produção de etanol de milho foi afetada pela quebra de aproximadamente 7 milhões de toneladas do grão na safra 2015/2016. “O aumento do preço do milho tornou inviável a produção do etanol a partir daquele produto fazendo com que as usinas que atuam neste segmento retraíssem na comparação com a safra de cana-de-açúcar 2015/2016”. Atualmente, somente 3 das 10 usinas mato-grossenses produzem etanol de milho.

O setor sucroalcooleiro gera 16,180 mil vagas de emprego em Mato Grosso, sendo que a maioria é no campo (10,900 mil). Em seguida estão as vagas geradas na indústria (3,650 mil), e por fim, as administrativas (1,630 mil).

As informações são do AgroNotícias.