Quissamã ganhou fama como município produtor de canade-açúcar. Durante 125 anos, o engenho central da cidade foi a mola propulsora da economia local, mas, depois de seu fechamento, em 2002, os agricultores viram seus ganhos caírem vertiginosamente.
Para solucionar esse problema, a prefeitura decidiu criar o Centro de Tecnologia de Engenhos (CTE). No espaço, são desenvolvidas soluções práticas à produção de cachaça, açúcar mascavo e etanol de segunda geração (que é feito a partir do bagaço).
— Observamos, no mercado de derivados da cana, uma forte tendência de volta ao consumo do açúcar mascavo e da cachaça. No CTE, o agricultor poderá vender sua produção ou se capacitar para montar seu próprio engenho — diz Haroldo Carneiro, secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Quissamã.
Além disso, a administração municipal estimula os pequenos agricultores com o programa Quissamã Empreendedor.
Do! is engenhos foram montados na cidade, e um deles produz a cachaça Quissacana.
— Minha renda aumentou mais de dez vezes. Antes, eu só vendia cana para usinas.
Hoje, produzo 700 litros de cachaça por dia — revela o agricultor João do Nilo.
Diogo Peralta criou este ano a marca Cachaça do Zeca e também já comemora os resultados.
— Estamos produzindo 400 litros de cachaça por dia e, em breve, vamos fazer açúcar mascavo, melado e rapadura — conta Peralta.
CTE firmou um acordo com o grupo Tombos de Minas, e o primeiro fruto dessa parceria será uma oficina de produção de cachaças de alta qualidade. As aulas, gratuitas, começam em 10 de julho.
Inscrições pelo telefone (22) 2768-9300, ramal 9388.