Produtores de cana na Bolívia, os cañeros, anunciaram que só garantem o fornecimento de cana para o mercado interno até o meio do próximo ano. Eles advertiram que, a partir de 2017 , problemas podem começar a surgir, se o governo não aplicar medidas de incentivo para o setor. Entre as principais questões que afligem a indústria de cana estão o contrabando e importação de açúcar.
A estimativa é que a produção de açúcar na Bolívia caia 10% já esse ano. Segundo o sindicato, 2015 terá uma produção nacional de 8,485,200 quintais, uma queda em comparação com os 9,428 milhões produzidos em 2014.
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O gerente-geral da União Agroindustrial de Cana de Açúcar (UNAGRO), Marcelo Fraija, explicou entre os motivos para a crise na produção de cana estão a redução das terras aráveis, devido ao pouco incentivo do governo aos produtores, e o crescimento da população.
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De acordo com o presidente da Usina Guabirá, Carlos Rojas, a redução da produção de açúcar está acontecendo devido a problemas climáticos e a resistência dos produtores para renovar seus canaviais, temendo que, se optar por esta medida, o contrabando irá utilizar o vácuo para encurralar o mercado, além do medo de não encontrar mercados para nova produção.
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Segundo Rojas, a solução para travar o declínio da produção de açúcar está na implementação de incentivos na fase de plantio e colheita e na busca de mercados para acomodar o açúcar produzido.