O Grupo Cosan, maior companhia sucroalcooleira individual do Brasil, fechou a safra 2002/03 com 16,972 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moídas, um volume 14,2% maior em relação à safra anterior, de 14,861 milhões. A produção de açúcar do grupo atingiu 29,021 milhões de sacas de 50 quilos em 2002, 11,6% acima do processado em 2001, de 25,987 milhões de sacas. A empresa também industrializou 462,452 milhões de litros de álcool (anidro e hidratado), 10,3% superior aos volumes de 2001, de 419,204 milhões de litros.
O aumento da produção do grupo reflete o bom desempenho do setor sucroalcooleiro. A produção da matéria-prima no Centro-Sul do País – responsável por 85% da oferta nacional – cresceu em média 10% nesta safra.
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A companhia realizou em 2002 três importantes negócios no mercado interno. Também prepara-se para ter participação em uma multinacional, a francesa Béghin-Say. A maior aquisição foi a da Usina da Barra, instalada em Barra Bonita (SP), considerada pelos analistas do setor uma tacada certeira do grupo. A companhia passa a moer 29 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que representa 12% da produção total do Centro-Sul do País. O empresário Rubens Ometto Silveira Mello, presidente da companhia, informou à época da negociação que o grupo já tinha 21% de participação da Usina da Barra e agora passa a ser o maior acionista.
Com a compra da Barra, o grupo também fica com a Usina Santa Adelaide, controlada pela empresa, e expande negócios no mercado interno. A compra permitiu à Cosan ter forte participação no mercado interno em açúcar líquido, refinado e marca importante no varejo, com o açúcar da Barra.
Nos últimos dois anos, a Cosan foi a mais agressiva empresa sucroalcooleira do mercado, comprando cinco usinas neste período. Adquiriu no início de 2001 a Univalem, de Valparaíso (SP), e arrendou a Santo Antônio, da região de Piracicaba (SP). No ano passado concluiu a compra dos 50% restantes da Usina Gasa. Também arrendou a Usina Sinhá Junqueira, de Igarapava (SP).
