Os preços futuros do açúcar demerara, que subiram 46% em Nova York este ano, poderão deter seu avanço com a possibilidade de aumento da produção brasileira, que atenderá o mercado da Índia, em expansão, e de outros importadores, informou a Organização Internacional do Açúcar (OIA).
O consumo mundial de açúcar crescerá 2,1%, para um recorde de 147,9 milhões de toneladas no ano que terminará em 30 de setembro de 2005. Isso representa 2,8 milhões de toneladas mais que os 145,1 milhões de toneladas que seria, segundo os prognósticos, produzido no mesmo período, informou o organismo, com sede na cidade de Londres.
“Apesar de um déficit estatístico mundial importante, o mercado segue bem abastecido e os fatores fundamentais não justificam novos aumentos”, informou a OIA. “O Brasil, maior exportador mundial, pode oferecer mais açúcar que os importadores, incluindo a Índia, podem comprar”, segundo informou a entidade.
Os contratos a futuros do açúcar alcançaram na Coffee, Sugar & Cocoa Exchange (CSCE), de Nova York, sua maior cotação em 19 meses há uma semana, incentivados em parte pela idéia de que a Índia, que produz mais de 0,13% do açúcar mundial, poderá ter de aumentar as importações para cobrir a insuficiência local. Na Índia “há, todavia, estoque suficiente para cobrir uma parte considerável do déficit produtivo dos dois últimos anos”, informou a OIA.
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Estoques menores
A demanda mundial de açúcar subirá 6,5%, para 43,1 milhões de toneladas na safra 2004/05, enquanto a disponibilidade para exportar crescerá 5,5%, para 43,4 milhões de toneladas, prevê a OIA. A relação de reservas armazenadas declinará 41% até setembro de 2005, em relação a 44% um ano antes.
A organização estimou que a produção mundial em 2003/04 totalizará 143,9 milhões de toneladas, 1% menos que a estimativa de maio e 2,8% menos que no ano anterior. O consumo mundial para o ano em curso foi estimado em 144,9 milhões de toneladas, 0,2% menos que a estimativa de maio e 2,6% mais que em 2002/03.
