Os preços mundiais do açúcar podem ter modesta e temporária melhora, segundo John Bird, administrador geral da Queensland Sugar Limited, o maior produtor de açúcar da Austrália, numa palestra esta semana naquele país.
Para Bird, a razão principal é que o Brasil, que produz com o menor custo e é peça central no mercado internacional, poderá produzir mais álcool ao invés de açúcar para evitar falta de combustível no mercado doméstico.
Outros fatores que podem sustentar os preços são a fraca produção na Europa e na Austrália e uma pobre colheita em Cuba, enquanto do outro lado o consumo global continua aumentando.
Os produtores australianos estão engajados com os brasileiros em forte atividade nas negociações comerciais, na busca de maiores oportunidades de ganhos. Austrália, Brasil e Tailândia preparam-se a questionar o regime de açúcar da União Européia. Além disso, a Austrália começa a negociar este mês acordo de livre comércio com os Estados Unidos.
Nas negociações agrícolas na Organização Mundial de Comércio, a aliança de exportadores reunida no Grupo de Cairns, liderado pela Austrália, propôs aumento de acesso aos mercados de 20% do consumo doméstico para açúcar. (Gazeta Mercantil)