Os três principais candidatos à Presidência da República – José Serra, Marina Silva e Dilma Rousseff – apresentaram ontem em São Paulo avaliações sobre o agronegócio e alguns poucos planos efetivos para o setor nos próximos quatro anos. Os comentários foram gravados em vídeos e apresentados durante a nona edição do Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira de Agronegócio (Abag).
A ideia era que os candidatos respondessem a seis temas, considerados os mais importantes pelo setor produtivo – renda no campo, infraestrutura e logística, comércio exterior, defesa agropecuária,
institucionalidade política e pesquisa. O candidato tucano fez críticas ao Movimento dos Sem-Terra, prometeu reorganizar o sistema de
crédito ao agronegócio, colocar em prática o seguro agrícola e equacionar os problemas cambiais. Sem dar detalhes de como pretende fazer isso, ele disse que pretende valorizar os centros estaduais de pesquisa, promovendo a parceria entre os setores públicos e privados e que, assim como fez na saúde humana, vai viabilizar a produção e comercialização de defensivos genéricos.
Em sua apresentação, a candidata do PT disse que fundir as operações de alguns ministérios como defendem algumas vertentes do agronegócio, não é uma solução. No que se refere ao comércio exterior, ela disse que dará continuidade às políticas do atual governo e lembrou dos avanços realizados pela atual gestão, como a questão do endividamento rural, aumento do crédito e criação de linhas no BNDES.
A candidata do PV foi a última a entregar seu vídeo. Nele ela considera que, apesar do PAC, o Brasil não possui um plano de infraestrutura e que a pesquisa deve ser utilizada como forma de agregar valor à produção agrícola.