A oscilação dos preços do etanol é prejudicial aos consumidores finais e para o setor. Se os valores do litro do etanol se mantivessem em cerca de R$ 1,50, seriam o suficiente para remunerar a cadeia produtiva. Mas nos atuais valores, os agricultores estão trabalhando no vermelho. A análise é de José Coral, presidente da Coplacana, que entende ser necessária a adoção de políticas públicas voltadas ao mercado do etanol. “Hoje os preços do etanol na indústria não remuneram. Quem tem açúcar tem uma situação melhor, mas as destilarias e os fornecedores estão sofrendo com os preços que não remuneram os custos de produção”, lembra.
Segundo ele, o custo de produção varia entre R$ 0,78 a R$ 0,80/litro. Na usina semana retrasada, os preços do etanol eram encontrados a R$ 0,77/litro e o litro do etanol na bomba em até R$ 0,99/litro. “Permanecer em um nível de R$ 1,40 a R$ 1,50/litro seria um preço justo, saindo da usina R$ 0,90/litro. Se isso não for solucionado com urgência encontraremos etanol sendo vendido em até R$ 2,00/litro na bomba em janeiro próximo”.
De acordo com o líder, hoje a tonelada da cana para destilaria está em R$ R$ 37,00 a R$ 38,00, o que não remuneram os custos de produção. “A tonelada deveria ser de R$ 50,00 para remunerar”, diz.