Compras técnicas explicam valorização da commodity; tendência é de queda. O mercado internacional do café fechou a terça-feira em alta. Na Bolsa de Nova York, o contrato com vencimento em maio subiu 1,18%, para 106,95 centavos de dólar por libra-peso. A alta é explicada por um movimento técnico dos fundos de investimento, segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Gil Barabach. “Embora a tendência seja de queda, por causa da proximidade da colheita no Brasil, estamos na entressafra, o que limita as pressões baixistas”, explica.
A reação dos preços no mercado externo foi acompanhada pela elevação do dólar no Brasil. A moeda americana subiu 1,16% em relação ao real, fechando o dia cotada a R$ 2,17. Açúcar
Os preços do açúcar reagiram à notícia de que a Austrália pode ter perdas de até 500 mil toneladas por causa do ciclone Larry, que afetou as lavouras de cana do país. Diante de um possível ajuste na oferta mundial, os fundos foram às compras na Bolsa de Nova York. Os contratos para julho registraram alta de 2,14%, fechando a 16,67 centavos de dólar por libra-peso, maior preço desde o último dia 7.
Segundo analistas, a expectativa de que a moagem de cana no Brasil será destinada, no primeiro momento, à produção de álcool também contribuiu para dar sustentação dos preços internacionais do açúcar. Sinalizações de compra por parte do Egito e do Sudoeste da Ásia indicam que a demanda mundial continua aquecida.
Milho
Após quatro quedas consecutivas, as cotações do milho registraram forte alta na Bolsa de Chicago. O contrato com vencimento em julho teve valorização de 2,51%, para 234,50 centavos de dólar por bushel (US$ 5,54 por saca).