Os preços do álcool combustível ao consumidor registrou nova alta, pela quarta semana consecutiva, segundo levantamento semanal realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A cotação média no país fechou a R$ 1,761 entre os dias 12 e 18 de fevereiro, com elevação de 1,03% sobre a semana anterior. A região Norte do país foi a que registrou a maior cotação no período, de R$ 2,119. A região Sudeste maior pólo produtor do país — tem a menor cotação, de R$ 1,593.
A alta dos preços reflete a menor oferta de cana por conta do período entressafra da cultura no Centro-Sul do país, maior região produtora.
Os preços do produto posto usina também têm registrado aumento, segundo levantamento semanal realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O litro do anidro fechou a R$ 1,07279, na sexta-feira, em São Paulo, com aumento de 2,5% sobre a semana anterior. O litro do hidratado, a R$ 1,07213, com elevação de 3,3% sobre a semana anterior.
Em comunicado enviado à imprensa, a União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) informou que a pesquisa Cepea/Esalq, que indica preços do álcool acima do teto acordado entre o setor e o governo (de R$ 1,05), “confirma a enorme pressão exercida pelo mercado”.
A elevação dos preços, segundo a Unica, reflete a relação atual entre oferta e demanda e valorização do produto no mercado internacional. As usinas também anteciparam os contratos de exportação, o que ajudou a dar maior suporte aos preços.
A Unica também reforçou que o “esforço dos produtores [em manter os preços em até R$ 1,05] chegou ao seu limite em decorrência dos fundamentos de mercado que estão a sustentar o movimento de alta de forma inexorável e a Unica “está convencida de que todos os esforços devem ser despendidos na antecipação de safra para garantir oferta adicional de 850 milhões de litros, o que contribuirá para um alívio da pressão e conseqüente reequilíbrio dos preços”.