Os preços futuros do açucaram fecharam com forte queda ontem na bolsa de Nova York, atingindo a menor cotação dos últimos quatro meses. Segundo informaram agências internacionais, houve uma forte venda por parte dos fundos de investimento, que rolaram as posições de julho para meses mais distantes.
A queda nos preços do petróleo também ajudou a pressionar as cotações. Os contratos com entrega em julho fecharam cotados a 15,46 centavos de dólar por libra-peso, em queda de 45 pontos. Os contratos para outubro recuaram 40 pontos, para 15,75 centavos de dólar por libra-peso.
Na bolsa de Londres, também houve rolagens de posições por fundos de
investimentos e os preços futuros do açúcar refinado fecharam em queda ontem. Vendas de açúcar pela União Européia também ajudaram a derrubar as cotações. Os contratos com vencimento em agosto recuaram US$ 9, para US$ 435 por tonelada. O contrato para outubro desvalorizou US$ 9, fechando a US$ 435 por tonelada.
Um estudo divulgado pela Organização Internacional do Açúcar (OIA) aponta que o Brasil deverá ampliar ainda mais o seu domínio sobre o mercado mundial de açúcar nos próximos anos.
Conforme a entidade, a participação do Brasil no mercado de exportação de açúcar deve crescer para 50% em 2010/11, contra uma participação atual de 40%. A produção anual de cana-de-açúcar deverá passar dos atuais 387 milhões de toneladas para 600 milhões até 2010/11, segundo a OIA.
No mercado doméstico, os preços do açúcar recuaram com o avanço da moagem da nova safra. Em São Paulo, a saca de 50 quilos recuou 0,59%, para R$ 49,24, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP).