O mercado de açúcar e álcool tem pela frente um grande desafio para a recuperação dos preços, considerando que o quadro de oferta e demanda internacional está superavitário para os dois produtos.
Mesmo com esse cenário baixista, os investimentos em novas usinas no Brasil deverão continuam firmes, afirma Jonathan Kingsman, presidente da corretora inglesa Kingsman.
Para o centro-sul do Brasil, a corretora prevê uma produção entre 460 milhões a 480 milhões de toneladas na safra 2008/09, ante uma média de 420 milhões em 2007/08.
Kingsman acredita que grandes grupos deverão continuar os investimentos em novas unidades no país, aproveitando que os preços das commodities estão mais baixos, como a Cosan, Odebrecht e até a Petrobras. Há grupos estrangeiros que podem investir no país, como a americana ADM. Segundo ele, grupos familiares de menor porte podem reduzir os aportes neste momento.
Kingsman diz que o Brasil terá como grande desafio manter elevada a exportação de álcool. Segundo ele, as exportações brasileira de etanol para os EUA não serão tão firmes nos próximos anos, uma vez que os americanos estão aumentando a produção local. Para aquele país, ele prevê embarques de até 1,5 bilhão de litros na safra 2007/08 e redução dos embarques para o próximo ciclo. Na União Européia, a situação é mais emblemática. “A questão de sustentabilidade é levada em consideração”, disse.