Os preços futuros do açúcar fecharam ontem com a maior cotação observada nos últimos 10 anos, como reflexo de compras de tradings e ausência de países produtores no mercado internacional. Os preços atingiram os maiores patamares desde fevereiro de 1995.
Os contratos para março fecharam a 13,26 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, com alta de 40 pontos. Os contratos de maio encerraram o pregão a 13,22 centavos de dólar por libra-peso, com aumento de 43 pontos.
No mercado interno, o preço da saca de 50 quilos fechou a R$ 34,22, em São Paulo, segundo o índice Cepea/Esalq.
Compras de especuladores e de fundos também ajudaram a dar suporte às
cotações do açúcar. O mercado está acompanhando o fim da colheita de
cana-de-açúcar do Centro-Sul, responsável por 85% da oferta de matéria-prima do país. A expectativa é de que a entressafra seja apertada. As usinas deverão destinar maior parte da cana para a produção de álcool, o que deverá limitar a oferta de açúcar.
Segundo analistas internacionais, a reforma açucareira da União Européia também deverá limitar no médio prazo a oferta de açúcar no mercado internacional. A expectativa é de que os preços sigam firmes no curto prazo, segundo os analistas de mercado.