Mercado

Preço na bomba despenca em Cuiabá

A temporada de preços baixos para o álcool hidratado está aberta neste final de semestre. Cada nova baixa ao consumidor impõe valores considerados os mais baixos do ano. Depois de romper a casa de R$ 1,12, com o litro a R$ 1,09, no início desta semana, o preço chegou ontem a R$ 1,07, em Cuiabá e a R$ 1,05, em Várzea Grande.

Considerando o valor de R$ 1,05, o novo valor representa de um dia para o outro, uma economia de 6,25% ao consumidor.

A revisão negativa do valor de bomba do hidratado confirma uma tendência que o Diário havia antecipado no final de maio, quando se projetou o patamar de R$ 1,07, ainda no decorrer do mês de junho. Naquela oportunidade, gerentes dos postos já apostavam na trajetória de queda dos preços em função da colheita da cana-de-açúcar, que se estende até início de novembro no Estado. “Até junho ou julho, os preços do álcool poderão sofrer novas reduções na bomba, poden do chegar a R$ 1,07”. No ano passado, exatamente no mês de julho, o preço vigente no mercado ficou no patamar de R$ 1,05, com alguns postos, isoladamente, chegando a adotar R$ 0,99, nas chamadas “promoções relâmpagos”.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), o álcool combustível é o carro-chefe dos postos ao responder por mais 60% das vendas.

A disputa pelo mercado promete como afirmam os frentistas, se acirrar e novas baixas são esperadas para os próximos dias e deverão se sustentar por alguns meses.

Mas, toda a euforia do mercado traz preocupação ao Sindicato das Indústrias sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindálcool). Desde o início da colheita no Estado, em março, até agora o preço do litro na usina acumula queda de cerca de 40%. Atualmente a cotação está abaixo de R$ 0,50, valor que o segmento enfatiza como inviável. “Aliás, qualquer valor abaixo de R$ 0,80 é impraticável às usinas”, aponta o superintendente do Sindácool, Jorge dos Santos.