São Paulo e Kansas City (EUA), Estímulo à produção de álcool faz o produto também ser valorizado. Os preços futuros do açúcar subiram ontem 1,1% em Nova York, fechando a 8,96 centavos de dólar por libra-peso para o contrato com entrega em maio. Segundo analistas, o estímulo à produção de álcool está valorizando o produto.
José Vicente Ferraz, da FNP Consultoria, diz que a provável adesão da Rússia ao protocolo de Kyoto, a legislação americana que estimula o biodiesel e as altas do petróleo abrem perspectivas favoráveis ao álcool, estimulando junto o preço do açúcar.
Soja
Os preços futuros do farelo de soja caíram ontem 1%, fechando a US$ 158,30 a tonelada curta para entrega em janeiro. Já o grão recuou 0,3% sobre o pregão anterior, cotado a 544 centavos de dólar por bushel (199,89 a tonelada). Segundo analistas de mercado, a baixa moderada ocorreu diante da falta de novas informações para impulsionar o mercado e porque os preços consolidaram uma porção de grãos na segunda-feira.
“A mudança radical do dia anterior” foi citada pelos especuladores como influência nos preços, bem como dos fundamentos para uma grande safra americana, e, principalmente, das condições favoráveis para a safra da América do Sul. “A alta de segunda-feira foi atípica”, avalia Daniel Dias, analista da FNP Consultoria. Ele cita como motivos para a variação o relatório de colheita do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), que mostrava 80% da safra colhida ante a uma expectativa de 84% para o mercado. Além disso, a lei que estimula o biodiesel poderá fazer com que o consumo de óleo aumente.
Dias acrescenta que, dentro do complexo soja, a maior variação ocorreu no farelo, pois as notícias de gripe asiática indicam que haverá menor consumo do produto, uma vez que deverão ser abatidas as matrizes doentes.
“Não houve grandes rumores, nem grandes vendas, ou nada disso, por isso, foi um tipo de dia para apenas consolidar o que ocorreu na segunda-feira’, afirmou Bill Nelson, vice-presidente associado da E. G. Edwards. “Após o bom desempenho dos preços da sessão anterior, houve um ajuste técnico”, avalia Odinéia Santos, consultora da Safras & Mercado. Nelson acrescenta a queda do dólar americano exerceu influência para os preços dos grãos na segunda-feira, o que não ocorreu ontem.