A questão tributária e o avanço do gás natural comprimem as vendas das distribuidoras de gás liqüefeito de petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha. A AgipLiquigás, líder do setor de distribuição no Brasil, registrou uma queda no volume de vendas de 2,41%, apesar de incrementar o faturamento em 35,2% entre os primeiros seis meses deste ano e do ano passado. No primeiro semestre deste ano, a distribuidora comercializou 688 mil toneladas de GLP e faturou R$ 887 milhões. Entre janeiro e junho de 2001, a AgipLiquigás, controlada pela filial brasileira da italiana Agip, registrou uma receita de R$ 656 milhões e vendeu 705 mil toneladas. “O mercado de GLP sofreu com o crescimento do gás natural, além do aumento de preços, motivado pela carga tributária e a variação cambial”, diz Lauro Cotta, diretor-presidente da Minasgás, a quinta maior empresa do setor, controlada pelo maior grupo do mundo no setor, a holandesa SHV. A empresa holandesa também detém 50% do capital da Supergasbras, a quarta companhia do setor no país.
(Valor Econômico)