Mercado

Preço do álcool superou teto negociado

Dados divulgados sexta-feira pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq-USP) mostram o que já vinha sendo previsto desde o início da semana passado. Os usineiros deixaram de honrar o acordo firmado em janeiro com o governo federal de que não cobrariam mais que R$ 1,05 o litro de álcool hidratado na usina, valor fixado antes dos impostos.

A atitude de algumas usinas de negociar valores acima no negociado criou mal estar entre os representantes da classe que estiveram em Brasília em 10 de janeiro para negociar um teto para o preço do combustível, buscando uma contrapartida, como a liberação de linhas de crédito para a formação dos estoques durante a safra da cana-de-açúcar.

Assim como os usineiros não honraram o acordo, o governo não deverá liberar as linhas de crédito, uma vez que seriam recursos da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) mas não há previsão no orçamento.

Mas, segundo o vice-presidente da União da Destilarias do Oeste Paulista (Udop), Fernando Perri, o compromisso maior seria com o consumidor brasileiro de álcool.