Mesmo com 133 unidades produtoras em pleno estágio de moagem da safra de cana 2006/07, na Região Centro Sul, o alto preço do álcool hidratado resiste na bomba dos postos de combustível de todo o estado Paraná.
Segundo um levantamento realizado e divulgado pela Universidade Federal do Paraná (UFPr), que faz o acompanhamento semanal dos preços do produto, em pouco menos de um mês, no período compreendido entre 24 de março e 20 de abril, o preço do álcool hidratado (que vai direto no tanque de combustível) registrou queda de 14,30% nas usinas paranaenses.
Entretanto, a queda de preço verificada nas bombas de Curitiba, foi de apenas 4,96% de acordo com outro acompanhamento, este da Agência Nacional de Petróleo (ANP), feito entre 19 e 25 de março e entre 16 e 22 de abril.
Conforme o trabalho da UFPr, enquanto o litro do álcool hidratado era cotado em média a R$ 1,263 na semana de 20 a 24 de março, o valor médio caiu para R$ 1,082 na semana de 17 a 20 deste mês mas, pelo estudo da ANP, a maior redução na bomba ocorreu em Cascavel onde o álcool baixou 8,25%, seguido pelo de Maringá 6,86%, Ponta Grossa 6,80%, Umuarama 5,39%, Campo Mourão 4,66%, Apucarana 1,80%, e Paranavaí 0,90%. Em Londrina não houve variação alguma.
Distribuidoras
A diferença entre o preço na usina e o praticado nos postos pode ser creditada às distribuidoras que não acompanharam a redução de preços ocorrida na produção. Segundo a UFPr, a maior redução em distribuidora ocorreu em Umuarama com 9,65%, seguida por Campo Mourão 8,25% e Maringá 7,78%. Em Cascavel, a queda foi de 7,59%, em Curitiba de 5,92% e Londrina 4,72%. Paranavaí com 4,02%, Apucarana com 1,61% e Ponta Grossa em 0,05% registraram as menores variações de preços, com o álcool mais caro na distribuição em Campo Mourão, entre R$ 1,660 e R$ 1,668; e o mais barato, em Cascavel, entre R$ 1,200 e R$ 1,657.
A Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), acredita que, com a intensificação da colheita de cana-de-açúcar no Paraná e no País, os preços do álcool deverão se estabilizar em patamares normais: “Nada mais justifica preços altos para o produto”, afirma Anísio Tormena, presidente da entidade. Para ele, em poucas semanas o preço do litro do álcool voltará a ser atraente, devendo situar-se novamente abaixo dos 70% na comparação com o preço do litro da gasolina.