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Preço do álcool mantém-se inalterado em Ribeirão Preto

O preço do litro do álcool combustível é o mesmo nos postos de Ribeirão Preto seis dias depois de o governo federal ter-se reunido com diretores de fábricas de álcool. O objetivo do encontro, quinta-feira passada em Brasília, foi buscar alternativas para reduzir os valores do derivado da cana-de-açúcar.

Nas últimas semanas, o álcool hidratado – usado como combustível – sofreu reajustes seguidos sem que o motivo oficial fosse explicado. No encontro na capital federal, o presidente da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo – Unica, Eduardo Pereira de Carvalho, comprometeu-se, em nome do setor, a assegurar um teto de preços do produtor de R$ 0,90 o litro de álcool hidratado – utilizado diretamente nos carros a álcool – com PIS e Cofins.

O teto do preço do álcool às fábricas serviria, teoricamente, para forçar a redução do valor nos cerca de 150 postos de combustíveis em atividade em Ribeirão Preto, no interior paulista. Não foi o que ocorreu. Hoje de manhã, o litro do derivado da cana-de-açúcar continua oscilando entre R$ 1,49 a R$ 1,69.

“Não tem cabimento”, afirma a operadora de telemarketing Rosana de Andrade. Proprietária de um veículo Scort movido a álcool, ela reclama não só do atual valor do combustível como, também, de outras disparidades enfrentadas pelo consumidor ribeirão-pretano.

“Você vai uma vez ao supermercado e, da outra vez, o dinheiro da primeira compra não é mais suficiente”, reclama Rosana. “Ao mesmo tempo, assistimos os parlamentares aumentarem seus salários e a obterem dinheiro público para comprar paletós”, destacou, referindo-se a autorização da mesa da Câmara Municipal para que os 21 vereadores locais tenham dinheiro pago pelo contribuinte para adquirir vestuário. A autorização, no entanto, foi barrada por meio de liminar na justiça.

O caso do álcool não foi parar na esfera judicial, embora seja motivo de críticas generalizadas por parte dos motoristas. Segundo o funcionário de posto localizado na Avenida D. Pedro I, no bairro Ipiranga – que pediu omissão do nome -, até mesmo o “rabo de galo” sofreu queda de venda. O “rabo” é a estratégia adotada por donos de veículos a gasolina, que adicionam álcool para economizar na compra do derivado do petróleo.

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