Mercado

Preço do álcool despenca em Goiânia

Com a antecipação da nova safra de cana-de-açúcar, queda nas vendas e concorrência acirrada, o preço do litro do álcool caiu ainda mais em Goiânia e deve sofrer novas reduções até maio, quando todas as usinas goianas estarão em operação. O etanol é vendido a R$ 1,65 na maioria dos postos da capital, chegando a R$ 1,59 em alguns estabelecimentos, depois de ter custado R$ 1,97 em janeiro passado.

A economia de R$ 0,32 (ou de 17%) em relação a janeiro deste ano ocorre após um período de desvantagens para o consumidor, quando a falta do produto no fim do ano passado provocou forte avanço nos valores cobrados nos postos. Há três semanas, no entanto, o álcool vem se mantendo competitivo em relação à gasolina, a partir da antecipação da safra por três usinas de processamento de etanol em Goiás.

Seguindo o cálculo de que o valor do álcool tem de representar até o máximo de 70% do valor cobrado pelo litro de gasolina para ser vantajoso, abastecer com etanol está compensando cada vez mais em Goiânia.

A reportagem do POPULAR visitou ontem 15 postos de combustível e 6 bairros e verificou que o produto estava custando apenas 60% do valor da gasolina em alguns deles, principalmente nos localizados em bairros periféricos. Na média, o preço do álcool está 65% do custo da gasolina, que varia entre R$ 2,52 e R$ 2,65.

Paridade

Atenta às mudanças rápidas do mercado, a farmacêutica Caroline Ribeiro, de 40 anos, decidiu voltar a abastecer com etanol. Proprietária de um carro flex (bicombustível), ano 2009, Caroline diz que desde dezembro usa gasolina como combustível.

“Mas o preço está bom e o cálculo neste posto dá 62%. O álcool voltou a valer a pena. Até terei uma redução no gasto mensal com combustível com este preço acessível do litro”, avaliou a farmacêutica, quando abastecia seu carro, num posto do Setor Bueno.

Com a mesma percepção, o supervisor comercial Ricardo Silva, 40, também voltou a destinar R$ 450 gastos mensalmente para o etanol. “Eu abasteci com álcool o ano passado inteiro. Passei a abastecer com gasolina depois de dezembro, com a alta. Agora, estou de volta ao etanol, porque o preço começou a valer a pena novamente e a quilometragem feita por litro de álcool não difere muito da gasolina”, diz.