Mercado

Preço do álcool ainda sobe e ignora congelamento

O litro do álcool hidratado, vendido nas bombas, subiu 0,63% na semana passada na média nacional. O valor, que era de R$ 1,724 entre 8 e 14 de janeiro, passou para R$ 1,735 entre os dias 15 e 21.

Os dados fazem parte da pesquisa semanal de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Há cerca de duas semanas, quando o tabelamento de preços foi costurado com os produtores, os valores nos postos de abastecimento subiram quase 5%.

A gasolina, que contém álcool anidro em sua mistura, ficou com o preço estável na média nacional.

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou por meio de uma nota nesta segunda-feira (23) que o preço do álcool anidro e hidratado na usina já caiu a R$ 1,01 e R$ 1,02, respectivamente, e que o governo aguarda o repasse deste efeito para o consumidor.

Rodrigues se reuniu durante a tarde com a Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool, para discutir a formação de estoques no Brasil como forma de contenção da volatilidade dos preços. Em nota divulgada pelo ministério, ele afirmou que a estocagem de álcool é necessária mas que a iniciativa deve partir do setor privado.

O ministro também disse que o governo e o setor privado estudam acoplar a questão tributária às discussões sobre estocagem. O Sindicato Nacional dos Distribuidores de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) pede a redução a zero da incidência do Pis e Cofins para as distribuidoras, conforme prevê uma lei já aprovada.

A câmara, por sua vez, propõe o restabelecimento da regra geral para álcool anidro e álcool hidratado, com incidência não cumulativa desses impostos. A estimativa da câmara setorial é de que R$ 250 milhões sejam sonegados anualmente com esses tributos.

Além disso, a câmara afirmou que os exemplos dos estados de São Paulo e Goiás, que reduziram os impostos para o setor sucroalcooleiro, devem ser seguidos.