Mercado

Preço do açúcar fecha em alta de 2,1%

Oferta mundial restrita e demanda crescente por álcool elevam cotação. As cotações internacionais do açúcar seguem em livre ascensão na Bolsa de Nova York, aproximando-se do recorde histórico. Ontem, o preço da commodity teve valorização de 2,09%, fechando a 15,63 centavos de dólar por libra-peso. Desde 15 de janeiro de 1995, o mercado não via um valor tão alto. E, ao que tudo indica, os preços têm fôlego para continuar sua escalada.

“Os fundamentos continuam positivos, tanto do ponto de vista técnico como físico”, afirma Alexandre Oliveira, analista da Fimat Futures. Ele destaca o apertado quadro de oferta mundial, provocado pela quebra na safra brasileira e a elevação da demanda por álcool, o que compromete a oferta do açúcar. Além disso, a redução dos subsídios aos produtores europeus, programado para os próximos anos, e o aumento da demanda americana por álcool também projetam um cenário altista no longo prazo. Do ponto de vista técnico, Oliveira chama a atenção para o saldo de mais de 3 mil lotes vendidos em Nova York no pregão de segunda-feira, sem que isso tenha provocado uma queda nos preços. “Isso é um sinal de como o mercado está sustentado”, afirma.

Milho

Os contratos de milho com vencimento em maio fecharam ontem em queda de 2,13%, cotados a 218,25 centavos de dólar por bushel (US$ 5,16 a saca) na Bolsa de Chicago. O analista Steve Cachia, da Cerealpar, explicou que o mercado respondeu às informações de ocorrência de chuvas em regiões produtoras da Argentina no fim de semana. Nas últimas semanas, o mercado vinha demonstrando preocupação com a estiagem na América do Sul, temendo prejuízos ao milho da região.