Mercado

Preço de combustíveis aumenta frota a álcool

O mercado automotivo voltou a registrar melhor desempenho no mercado em setembro. Os dados são do Instituto de Economia Maurílio Biagi, órgão da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto e responsável pelo acompanhamento regional dos indicadores econômicos. O desempenho é atribuído à diferença próxima a 100% entre os preços do álcool e da gasolina nas vendas diretas ao consumidor.

Segundo Antonio Vicente Golfeto, diretor do Instituto de Economia, no mês de setembro os carros movidos a álcool representaram praticamente 3,0% contra 0,88% dos carros zero quilômetro emplacados em toda a região do interior de São Paulo no mesmo período do ano passado. Isso significa que somente em Ribeirão Preto no mês passado foram vendidos pelas concessionárias 732 carros novos a álcool e outros 746 movidos a gasolina. “A indústria automobilística está se vendo forçada a considerar a opção dos consumidores e, com isso, passaram a produzir mais carros a álcool”, afirma ele. Em relação a setembro do ano passado, o aumento do consumo do álcool como combustível também cresceu em toda a região. Em setembro registrou-se a vendas nos postos de abastecimento de 24,9 milhões de litros de gasolina, ou 9,19% acima do veriricado no mesmo período do ano passado. No caso do álcool, a comparação entre os dois meses deste ano e do ano passado indica um aumento de 100,35% no aumento de venda de álcool na bomba, ou de 3,1 milhões para 6,3 milhões de litros.

O maior atrativo apontado para essa opção dos compradores de carros novos está no preço praticado na bomba. Hoje o litro de álcool está em R$ 0,79 e em R$ 1,75 para a gasolina. O diretor do Instituto de Economia prevê uma tendência de crescimento ainda maior na quantidade de carros a álcool em circulação se os empresários sucroalcooleiros mantiverem a atual política de preços. “O álcool voltou a ser competitivo no que se refere ao preço final pago pelo consumidor, e novas tecnologias desenvolvidas dão paridade de desempenho aos motores, independente de usarem álcool ou gasolina como combustível”, adverte Golfeto.

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) confirma em todo o País a tendência registrada na região de Ribeirão Preto, maior produtora nacional de álcool. Segundo relatório da entidade, foram comercializadas 5.839 carros movidos a álcool no mês de setembro em todo o Brasil, ou praticamente 5,3,% de um total de 177.500 veículos zero quilômetro entregues ao consumidor. No acumulado dos primeiros nove meses do ano a participação do carro a álcool no mercado de veículos automotores foi de aproximadamente 3,5%, totalizando 33.453 unidades diante de um total de 1.234.165 carros. Para Vera Lúcia Longuini, assessora do Instituto Nacional de Eficiência Energética, os números demonstram uma tendência de retomada do carro a álcool como opção dos consumidores, não apenas um comportamento momentâneo. Tanto que no ano passado esse tipo de carro respondeu por 1,4% (18.335 unidades) do mercado de veículos automotores, menos da metade do que foi registrado até agora. Ela atribui como responsáveis o preço atrativo e competitivo do álcool em relação a gasolina, e uma tecnologia desenvolvida que oferece paridade de desempenho aos motores independente de qual dos combustíveis usar. Além disso, Longuini adverte para o fato das montadoras estarem respondendo ao crescente interesse dos consumidores pelo carro a álcool.

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