O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou julho com variação negativa de 4,12%. O IqPR-V (produtos de origem vegetal) registrou queda de 4,57% e o IqPR-A (produtos de origem animal) 3,02% no período, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Quando a cana de açúcar é excluída do cálculo, devido a sua importância na ponderação dos produtos, o IqPR e o IqPR-V fecham com variação negativa de 5,65% e 8,15%, respectivamente.
Para a variação acumulada no período de julho de 2008 a julho de 2009, os resultados dos índices mostram variações negativas para o IqPR em 2,48%, positivas para o IqPR-V em 1,74% e negativas para o IqPR-A em 12,76%. Desconsiderando a cana de açúcar do cálculo do índice, os resultados acumulados apresentam quedas significativas e terminam o período com variações negativas: IqPR em 13,67% e IqPR-V em 14,84%.
Os produtos do IqPR que registraram altas no mês de julho, em comparação com o mês anterior, foram: amendoim (20,95%), feijão (6,70%), leites B (4,89%) e C (4,35%) e banana nanica (0,62%). Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços no mês de julho foram: laranja para mesa (29,26%), tomate (26,40%), carne suína (18,01%), ovos (15,41%) e batata (8,59%).
Em julho, dos produtos analisados apenas cinco apresentaram alta de preços (três de origem vegetal e dois de origem animal) e 14 apresentaram queda (10 de origem vegetal e quatro de origem animal).
Na comparação dos preços de julho com o mesmo período do ano anterior, somente dois produtos tiveram variações positivas e 17 variações negativas. As altas registradas no período foram: cana de açúcar (14,68%) e batata (16,87%). Já as maiores quedas (variações negativas) foram verificadas nas cotações do tomate para mesa (58,77%), feijão (48,57! %), amendoim (44,42%), laranja para mesa (39,76%) e carne suína (39,11%).
Segundo o IEA, observa-se claramente uma queda expressiva das cotações no último ano, que só não foi pior em virtude da boa valorização da cana de açúcar, que é o mais importante produto agrícola do Estado.