Termina neste sábado (31/08) o prazo da cobrança de tarifa sobre o etanol comprado dos Estados Unidos.
A taxação vigorou por durante dois anos.
Nesse período, é imposta tarifa de 20% sobre volumes que superem cota de 600 milhões de litros a cada ano.
Mesmo com a taxa, volumes superiores de biocombustível americano foram comprados por conta dos preços menores em relação ao etanol brasileiro.
As estimativas indicam que em 2018 o Brasil importou 1,7 bilhão de litros de etanol de milho dos EUA.
Nordeste é o maior prejudicado
A maioria dessas importações chega por portos das regiões Norte e Nordeste do país, por conta da maior proximidade com os Estados Unidos.
Lideranças do setor das regiões Norte e Nordeste são os principais críticos da situação.
É porque embora parte do etanol americano seja escoada, a maioria fica no mercado local.
E ao ficar nos estados nordestinos, o etanol importado concorre com o feito pelas usinas da região.
Essa concorrência é considerada injusta pelas lideranças.
Isso por conta de a indústria local ter preço pouco maior, mas gera empregos e renda para a economia nacional.
Mas o que pode acontecer a partir de agora?
As possibilidades são duas: ou o Brasil mantém a taxação ou a elimina.
O fim da tarifa é negociado entre representantes dos governos brasileiro e americano.
Ou seja: o etanol dos EUA entraria no Brasil e, em contrapartida, os americanos deixariam de tributar a entrada de açúcar brasileiro.
A ministra da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina, estaria em conversa com o secretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Sonny Perdue.
A Agência Estado divulga que a proposta seria os Estados Unidos deixarem de taxar o açúcar brasileiro.
Em troca, o Brasil pode pelo menos aumentar a cota de álcool sem a tarifa de 20%.