Com o último reajuste praticado pelas distribuidoras de combustível, em alguns postos o etanol retoma a competitividade frente à gasolina para os carros flex. Ontem, em vários postos consultados pela reportagem do Jornal do Estado, a informação era de o preço da gasolina teria sido reajustado em R$ 0,02, em função do aumento da mistura de 20% para 25% de álcool à gasolina. Os preços encontrados pela reportagem oscilaram entre R$ 1,790 para o litro do álcool e R$ 2,570 para o litro da gasolina comum (Posto Big, no Alto da XV) a R$ 2,899, o litro da gasolina comum, e R$ 2,090 para o litro do álcool (Autoposto Ahú).
Como o rendimento dos combustíveis não é o mesmo, para valer a escolha do etanol, o preço deste combustível precisa representar 70% do valor cobrado pela gasolina. Ou seja, no Autoposto Big a melhor escolha é o etanol. A proporção de valores cobrados pela gasolina e etanol chega a 69%. Já no Autoposto Ahú, a gasolina oferece mais competitividade uma vez que a proporção do preço do etanol está em 72,4% ao da gasolina.
Esse reajuste dos preços é resultado da safra de cana de açúcar, associado à desoneração fiscal da produção de etanol e do aumento da mistura de álcool à gasolina, que desde 1º de maio passou de 20% para 25%.
Em abril, o governo anunciou incentivos para o etanol que incluíram a redução da carga tributária, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, equivaleria a R$ 0,12 por litro de etanol. Na época, segundo cálculos do governo, o repasse dos incentivos pelas usinas às distribuidoras poderia representar uma queda de 5% no preço do álcool nas bombas.
De acordo como presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais do Paraná (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, desde 1º de maio, o preço do álcool combustível apresentou uma queda entre 6%e 7% nos postos de Curitiba. De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), o preço médio do litro da gasolina comum era de R$ 2,765 e do etanol R$ 2,010, no dia 4 de maio.
“Está havendo uma redução lenta do hidratado desde o inicio do mês. Já o anidro, que é misturado à gasolina ficou 2% mais caro”, conta Fregonese. Ele revela que o reflexo das medidas do governo será sentido a médio e longo prazo.
Ana Ehlert com Beatriz Peccin
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