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PR cresce 9% e lidera produção industrial

A produção industrial paranaense apresentou um crescimento de 9,9%, de janeiro a novembro de 2008 em relação ao mesmo período do ano passado, assumindo a liderança nacional, de acordo com pesquisa divulgada na última sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Paraná se manteve na frente do Espírito Santo (9,3%), Goiás (9%) e São Paulo (7%) no acumulado do ano. O índice nacional foi de 4,7%.

Nove ramos tiveram influência direta no crescimento recorde da produção industrial paranaense, como veículos automotores (29,3%), impulsionado em grande parte pela produção de caminhões. Ganharam destaque ainda os avanços nos itens edição e impressão (28,4%), celulose e papel (17,9%) e máquinas e equipamentos (12,5%). A pressão negativa mais relevante veio de produtos químicos (-20,8%), com destaque para decréscimos na produção de adubos e fertilizantes.

No índice mensal, na comparação de novembro de 2008 com igual período de 2007, a produção industrial do Paraná teve um crescimento de 5,7%. Houve queda em 12 dos 14 Estados incluídos na pesquisa. Nessa comparação, Paraná e Pará (4%) foram os únicos a crescer. As maiores quedas ficaram por conta do Espírito Santo (-22%), Minas Gerais (-13,8%), Santa Catarina (-10,3%), Rio Grande do Sul (-10,1%). Esse movimento evidencia o aprofundamento e a ampliação do ritmo de queda da atividade industrial, cujo índice nacional nesse comparativo foi de -6,2%.

“O melhor desempenho do Paraná entre as unidades da federação evidencia que as condições do Estado para o enfrentamento da crise financeira mundial estão mais as sólidas”, afirma o economista Julio Suzuki, coordenador de análise conjuntural do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).

Segundo ele, sete das quatorze atividades cresceram no Paraná, como refino de petróleo e produção de álcool (51,3%), celulose e papel (31,5%) e edição e impressão (27,9%). “Já as pressões negativas mais significativas, de novembro a novembro, vieram de outros produtos químicos (-40%), mobiliário (-23,7%) e madeira (-5,4%), decorrentes sobretudo dos recuos em adubos e fertilizantes, estantes e madeira serrada”.

Saldo negativo

Na comparação de novembro com outubro/2008, a produção industrial do Paraná recuou 1,7%, já descontadas as influências sazonais, após dois meses de aumento, quando acumulou ganho de 4,9%. O Paraná não foi o único a apresentar saldo negativo em novembro. Em todas as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE houve queda, algumas acentuadas, como no Espírito Santo (-17,2%), Minas Gerais (-13,4%), Amazonas (-7,8%) e Rio Grande do Sul (-7,2%).

O índice nacional também fechou negativo (-5,2%). No acumulado dos 12 meses, o crescimento paranaense foi da ordem de 9,3%, atrás apenas do Espírito Santo com 9,9%. Em seguida, aparecem Goiás (8,6%), São Paulo (7%), Pará (6,8%), Amazonas (5,6%) e Pernambuco (5,6%). O índice nacional no período foi de 4,8%.