No CANABIO25 Flavio Barcellos Cardoso, Gerente Técnico da K+S, afirmou: “não existe agricultura regenerativa eficiente sem magnésio e potássio em equilíbrio.” Durante sua apresentação ele mostrou que o manejo nutricional — especialmente do magnésio solúvel — é decisivo para fortalecer os microrganismos aplicados no solo, aumentar a eficiência do potássio e, sobretudo, elevar a resiliência da cana diante de ambientes cada vez mais desafiadores.

Por que magnésio importa tanto na regeneração do solo?

Segundo Flávio, quando o magnésio está disponível na forma solúvel, especialmente como sulfato de magnésio, ele impulsiona a multiplicação e a atividade dos microrganismos benéficos — pilares da agricultura regenerativa.

Segundo pesquisas citadas:

  • O Mg aumenta a biomassa microbiana,
  • Intensifica a produção de enzimas essenciais
  • Melhora o uso do fósforo e do enxofre pelas plantas,
  • E cria condições para que os biológicos aplicados sobrevivam e se multipliquem, ampliando seus efeitos.

Ele alerta: fontes como calcário dolomítico, óxido ou carbonato de magnésio precisam de 24 a 30 meses para liberar quantidades significativas do nutriente — tempo demais para quem busca impactos de curto prazo em sistemas regenerativos.

Desafio real: muito potássio, pouco magnésio

O manejo da cana-de-açúcar costuma ser rico em potássio, especialmente em áreas com vinhaça. Mas a falta de magnésio solúvel cria um desequilíbrio que reduz a capacidade de absorção do próprio Mg pela planta.

Segundo Barcellos, a agricultura regenerativa não se constrói apenas com biológicos, mas com solos nutridos de forma inteligente.

A íntegra da apresentação de Flavio Barcellos Cardoso está disponível no canal do JornalCana no YouTube.

Joacir Gonçalves

Repórter

Jornalista profissional com mais de 35 anos de experiência

Jornalista profissional com mais de 35 anos de experiência