O reajuste no preço do combustível nas distribuidoras gerou uma reação em cascata. Os postos começaram a repassar a alta da gasolina e do diesel para o bolso do consumidor e quem abasteceu o veículo, já percebeu o reajuste de R$ 0,22 no preço do litro da gasolina e de R$ 0,15 no valor do diesel.
Um posto na zona oeste do Rio de Janeiro está vendendo gasolina por R$ 3,69. O taxista Emerencio Navarro sente saudade do preço na casa dos R$ 2,00. “Faz tempo. Hoje em dia é esse preco absurdo. Fica muito puxado, para quem precisa do carro todo dia para ir trabalhar e voltar, realmente está puxado”, diz.
O aumento, que já havia sido anunciado pelo Ministério da Fazenda, é resultado da elevação dos impostos PIS e Cofins, que incidem sobre a gasolina e o diesel. O governo espera arrecadar em torno de R$ 12 bilhões a mais ao longo do ano.
“Nós somos o último elo da cadeia. Os postos revendedores são o último elo da cadeia. Então, eles repassam aquilo que a cadeia anterior à nossa nos repassa. É totalmente impossível a revenda absorver um aumento dessa magnitude”, diz Maria Aparecida Schneider, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Rio de Janeiro.
O economista Gilberto Braga lembra que nem todos os postos fizeram o reajuste já neste domingo (1). Vale começar a semana atento e aproveitar o preço antigo para encher o tanque porque a tendência é que durante a semana, grande parte dos postos já esteja com os novos valores.
“Se nós levarmos em consideração que é o segundo aumento em menos de 60 dias, isso representa, comparado com o preço que se praticava no início de dezembro 2014, em torno de 20% de elevação de preços, o que impacta bastante para quem usa o carro todos os dias para se deslocar, para passear ou para trabalhar”, diz Braga.
(Fonte: G1)