Mercado

Postos realinham preços e alta pode chegar a 10%

Depois de chegar a R$ 1,49 no começo do ano e cair para até R$ 1,01 esta semana, o preço do litro do álcool hidratado em Cuiabá – que estava sendo comercializado, na média, por R$ 1,05 nas últimas semanas – registrou alta de até 10% nos preços a partir de ontem. Postos que comercializavam o combustível por R$ 1,01 decidiram “realinhar” os preços para R$ 1,10. Em alguns postos, os preços já chegam a R$ 1,29. Mas a média se mantém em R$ 1,09.

Na Avenida Rubens de Mendonça, os preços variam de R$ 1,02 a R$ 1,10. “Apenas repassamos o aumento que chegou no posto. Ainda não sabemos o motivo da alta”, diz o chefe de pista Pedro Mattos. Na quarta-feira, o posto – localizado na Avenida Miguel Sutil – vendia álcool hidratado por R$ 1,02, preço ainda em vigor em alguns postos de Cuiabá.

“Esta alta é normal, pois os preços estavam realmente muito baixos e as margens [de lucro] quase zeradas”. Segundo e! le, os preços do álcool atingiram os patamares mais baixos dos últimos anos. “Ficamos surpresos pelo fato de os preços terem caído tanto, mesmo no período da safra”.

O movimento de queda dos preços começou no mês de maio pelos postos “bandeira branca” e, no mês passado, atingiu o seu valor mais baixo do ano, R$ 1,01, sendo acompanhado pelas distribuidoras, como a Petrobras. “Apenas acompanhamos o mercado”, esclarece o gerente de um posto da Avenida do CPA, Everton Dias. Lembrou que o posto está trabalhando com uma margem de lucro “muito apertada” e que o mercado não comporta novas baixas.

Na Avenida Miguel Sutil, postos que praticavam R$ 1,02 também decidiram “ajustar” seus preços para R$ 1,10, “para compensar um pouco das perdas com a redução dos preços nos últimos dias”.

Na avaliação dos gerentes, os preços poderão sofrer novas reduções por conta da colheita de cana-de-açúcar, cujo encerramento está previsto para novembro.

USINAS – De acordo com o Sind! icato das Indústrias sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool), a queda dos preços do álcool se deveu à situação financeira de algumas usinas que precisaram vender seu produto por um preço mais baixo para fazer frente à necessidade de capital de giro e “levantar caixa” para efetuar pagamentos.

“Se os preços não se ajustarem, a situação ficará insustentável para a usina”, alerta o diretor executivo do Sindálcool, Jorge dos Santos.