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Portos do Paraná registram nova movimentação recorde

Os portos do Paraná estão a um passo de superar este ano a movimentação de cargas registradas no ano passado. Desde 2001, os terminais paranaenses registram uma movimentação que ultrapassa a casa dos 28 milhões de toneladas, mas, neste ano, a projeção da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) é que o volume seja maior que 30 milhões de toneladas.

Aumento da safra agrícola brasileira, quebra na produção norte-americana, agilidade e eficiência nas operações portuárias, manutenção de negócios firmados e abertura de novos mercados, motivados pela busca da APPA em manter a qualidade dos produtos movimentados foram alguns fatores que estimularam a configuração do recorde portuário. “Estas são algumas das causas, mas eu também destaco algumas das conseqüências desencadeadas por estes fatores: crescimento da economia do Paraná e do Brasil e fortalecimento da imagem do porto no cenário mundial”, comentou o superintendente da APPA, Eduardo Requião.

Os Portos de Paranaguá e Antonina ocupam uma área de influência de cerca de 800 mil quilômetros, abrangendo todo o Mercosul e os principais canais de escoamento das produções paranaense, sul-matogrossense e paulista. Das mais de 27,1 milhões de toneladas que já passaram pelos Portos do Paraná, cerca de 750 mil foram movimentadas pelo Porto de Antonina, o maior índice registrado desde 1996, quando o terminal movimentou 720 mil toneladas. O Porto de Antonina vem cumprindo um papel de auxiliar da movimentação do Porto de Paranaguá, complementando as atividades portuárias e absorvendo a operação de algumas cargas, como congelados e o fertilizante.

“Estes números refletem o apoio decisivo que o Superintendente da APPA confere a Antonina, colocando-o como uma das prioridades na sua administração, apesar de todas as dificuldades existentes para se resgatar um porto que estava praticamente inativo”, disse o Diretor do Porto de Antonina, Juarez Moraes e Silva, destacando que a previsão é fechar este ano com uma movimentação de 1 milhão de toneladas.

O retorno das atividades com barcaças e da ferrovia, ligando Morretes a Antonina foram consideradas por Moraes e Silva como importantes medidas tomadas pela atual administração portuária. “São frutos da determinação do Superintendente, no sentido de implementar condições para que tanto o modal ferroviário, quanto as barcaças pudessem retornar àquele porto”, frisou o dirigente.

A expectativa de aumento do agronegócio paranaense, superando até mesmo o incremento de 20% verificado entre os anos de 2001 e 2002, está servindo como estímulo para que o Porto de Antonina assuma sua posição como terminal auxiliar, capaz de absorver boa parte da movimentação de produtos deste segmento, como é o caso do fertilizante que, atualmente, vem sendo responsável por significativo aumento. São 274 mil toneladas importadas no acumulado deste ano (janeiro a 16 de outubro), contra pouco mais de 6 mil toneladas no mesmo período do ano passado. No segmento de congelados também há incremento da movimentação registrada no terminal privativo da Ponta do Félix. São 174 mil toneladas no acumulado de 2003, contra 107 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

Se não bastasse todos recordes já elencados, o Porto de Antonina ainda registra mais um: pela primeira vez na sua história recebeu 7 navios simultaneamente. O fato aconteceu há cerca de 20 dias e marcou as atividades dos terminais público e privado.

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