JC 190 – A crise econômica mundial apertou também o orçamento do setor de manutenção industrial de usinas e destilarias. Com recursos reduzidos, unidades sucroenergéticas procuraram adotar, na última entressafra, práticas e metodologias de trabalho de manutenção que apresentam elevada eficiência visando a diminuição de riscos de paradas dos equipamentos durante o período de moagem. Apesar da tormenta já estar se distanciando do cenário econômico, os seus efeitos ainda pairam sobre as ações de vários segmentos, entre os quais, o de açúcar, etanol e bioeletricidade.
A redução de custos – que tornou-se prioridade no setor sucroenergético – deverá continuar em alta após o término da moagem na safra 2009/10. Essa situação aumenta, no entanto, a necessidade de adoção de procedimentos e técnicas que possibilitem a otimização de recursos. “Vamos ter uma manutenção enxuta e econômica na próxima entressafra”, afirma o engenheiro Lourival Antonio Betiol, coordenador de manutenção da Usina Coruripe, filial Iturama, localizada em Iturama, MG.
A estratégia da usina é “atacar os pontos mais importantes”, como aconteceu na última entressafra. “Sempre existe a possibilidade de um aumento do número de paradas não programadas. É um risco calculado”, observa. Nada é feito, porém, sem critério técnico. Para reduzir as chances de ocorrência de contratempos, a Iturama tem recorrido à manutenção preditiva, realizando inspeções como análise de vibração e termografia, que já são utilizadas há 5 anos. “É preciso confiar nas ferramentas”, afirma.
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A busca da eficiência no diagnóstico dos equipamentos, que diminui o índice de desmonte da planta industrial, não está relacionada somente à diminuição de custos. Tem a ver também com a entressafra mais curta nas usinas e destilarias, o que exige um melhor aproveitamento do tempo para a realização da manutenção. Na Coruripe, filial Iturama, as máquinas param no final de dezembro e devem voltar a operar no início de abril.
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