Em princípio, Alexandre de Sene Pinto é considerado um dos principais especialistas em manejo de pragas, com ênfase no controle biológico.
De imediato, Sene é um dos palestrantes do 1º CanaBIO – Seminário de Manejo Biológico & Orgânico em Cana-de-açúcar.
Quando o CanaBIO será realizado?
O CanaBio será realizado nos próximos dias 26 e 27 de junho em Ribeirão Preto.
Por consequência, quem realiza o CanaBio é a ProCana Eventos Técnicos.
Quer mais informações sobre o CanaBio? Clique aqui.
Por outro lado, confira a entrevista de Alexandre de Sene Pinto ao JornalCana.
Como está a situação do manejo biológico das pragas da cana-de-açúcar?
Alexandre de Sene Pinto – O uso do controle biológico das pragas (incluindo nematoides) da cana-de-açúcar está em plena ascensão.
Por consequência, atualmente cresce mais de 30% por ano.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Controle Biológico (ABCBio), esse crescimento é de 75% ao ano em toda a agricultura.
Nesse ínterim, o controle biológico tem aumentado em produtos comercializados em mais de 100% ao ano em cana-de-açúcar.
E em área plantada dessa cultura, o uso de bioprodutos tem aumentado cerca de 6% ao ano.
Por sua vez, o bioproduto que tem liderado esse aumento é Trichogramma galloi, com aumento de 6% ao ano,
em área.
Tem ainda o Bacillus spp., com aumento de 2% ao ano, Trichoderma harzianum, 2%, Cotesia flavipes.
Outros líderes em crescimento: 2%, Metarhizium anisopliae, 2%, e Beauveria bassiana, 1% da área plantada ao ano.
Qual deve ser a área canavieira abrangida pelos bioprodutos?
Alexandre de Sene Pinto – Na cana-de-açúcar, hoje se usa Metarhizium anisopliae em cerca de 4 milhões de hectares.
Esse emprego é sozinho ou em associação com inseticidas químicos).
Já o Cotesia flavipes está em cerca de 3,5 milhões de hectares, Trichogramma galloi em 2 milhões de hectares.
Por sua vez, o Bacillus subtilis (e outras) em cerca de 0,3 milhões de hectares, Trichoderma harzianum em 0,3 milhões de hectares.
Já o Beauveria bassiana está em cerca de 0,2 milhões de hectares.
Entrementes, os bioprodutos Pochonia chlamydosporia, Paecilomyces lilacinus, Bacillus thuringiensis e outros são usados em menos de 100.000 hectares.
Sem dúvida, a cana-de-açúcar é a cultura que mais usa biológicos no mundo.
Por sua vez, a situação financeira da maioria das unidades produtoras segue preocupante. Qual o impacto dessa situação nos investimentos em manejo biológico das pragas?
Alexandre de Sene Pinto – Essa dificuldade financeira tem, em alguns casos, favorecido o controle biológico, pois a maioria dos bioprodutos é mais barata do que os químicos.
Por fim, isso tem feito alguns agricultores migrarem para essas tecnologias.