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Plástico verde produzido no Brasil é usado em ferramentas no espaço

Plástico verde produzido no Brasil é usado em ferramentas no espaço

O plástico verde da cana-de-açúcar já é utilizado para a criação de peças e ferramentas necessárias no espaço. Primeiro palestrante a realizar um workshop no Wired Festival, que aconteceu nesta sexta (1) e sábado na Cidade das Artes, Everton Simoes Van-Dal, engenheiro de tecnologia da Braskem, contou sobre o desenvolvimento do projeto que possibilitou, desde março do ano passado, a impressão de ferramentas e peças necessárias na estação espacial da Nasa.

O festival é realizado por Edições Globo Condé Nast e O Globo, com patrocínio da Petrobras, Embratel, Grupo Pão de Açúcar e Braskem, apoio de Cerveja Sol e apoio institucional da Cidade das Artes.

O objetivo do projeto é ajudar na redução do custo com a produção e envio de peças para estação espacial e dar mais autonomia aos profissionais. Segundo Éverton, o envio das peças custava de US$ 10 a 20 mil dólares o quilo e tornava o processo excessivamente caro.

— Ainda não temos um levantamento do total de custos reduzido. Mas diminuímos a massa de peças encaminhadas. O bom da impressão 3D é que você pode enviar um email e imprimir a peça lá. Reduzimos em termos de custo e tempo. Além disso, viabiliza a reciclagem. É um marco — explicou.

As primeiras peças produzidas foram ferramentas, como uma pequena chave de fenda, e um condutor para uso na estação. O polietileno verde é produzido em Triunfo, no Sul do país, e foi escolhido para o projeto por reunir características como flexibilidade, resistência química e reciclabilidade. Além disso, o polímero captura grande quantidade de CO2. cada kg de polietileno verde retira 3 kg de CO2 da atmosfera.

— São quilos retirados. Aos poucos, você vai gerando um impacto forte no meio ambiente — ressaltou.

Todo o projeto de envio da impressora 3D e do polímero para produção em gravidade é feito em parceria com a Made In Space, primeira fabricante espacial do mundo.