Mercado

Plano Agrícola deve criar fundos privados de investimentos

O Plano Agrícola e Pecuário 2004/05, a ser lançado no primeiro semestre deste ano, deverá conter dois novos instrumentos para capitalizar a agropecuária brasileira: os fundos privados de investimentos no agronegócio e as letras de comércio agrícola, emitidas por empresas particulares no mercado internacional. “Estamos discutindo essas duas propostas com a área econômica do governo”, informou ontem o secretário da Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ivan Wedekin, ao comentar a necessidade de atrair recursos privados para o financiamento da produção primária.

Wedekin explicou que os fundos privados de investimentos no agronegócio devem ser registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Técnicos dos ministério da Agricultura e da Fazenda já tiveram na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no Rio de Janeiro, tratando do assunto. Segundo o secretário, os fundos permitiriam que fossem criadas empresas agropecuárias que venderiam cotas no mercado para investidores brasileiros e estrangeiros. “O agronegócio brasileiro precisa ter maior integração com o mercado de capitais.”

As letras de títulos privados do agronegócio, revelou Wedekin, devem ter como lastro os produtos agropecuários. “Esses títulos serão emitidos no exterior por empresas e cooperativas”, disse o secretário de Política Agrícola, ao defender a adoção de novos instrumentos de crédito para injetar um maior volume de recursos no setor, no qual o Brasil é um dos mais competitivos do mundo.

De acordo com Wedekin, o governo trabalha com um cenário de queda de juros. Isso, enfatizou o secretário, permitirá a lançamento no mercado de capitais de fundos de investimentos e letras de títulos privados do agronegócio brasileiro. (Fonte: Assessoria do Ministério da Agricultura)