Pela sétima vez consecutiva, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Minas Gerais apresentou alta em 2016. Em julho, a elevação ficou em 0,68% aumentando o índice acumulado nos primeiros sete meses do ano para 4,11%. Com o resultado, o PIB do agronegócio foi estimado em R$ 194,5 bilhões, maior valor já registrado na série histórica do Estado, desde 2004. O resultado positivo também contribuiu para a maior participação na composição do resultado nacional, com Minas Gerais respondendo por 13,66% do PIB do agronegócio do Brasil. A agricultura acumulou crescimento de 11,16% no período, enquanto a pecuária retraiu 2,96%.
O superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, explica o crescimento registrado no PIB do agronegócio, se deve ao desempenho positivo da atividade agrícola.
“O desempenho positivo em importantes culturas como o café, soja, milho e cana-de-açúcar, por exemplo, foram fundamentais para o bom desempenho da agricultura, que após alguns anos, voltou a ter maior participação na composição do PIB do agronegócio estadual, antes ocupado pela pecuária”.
De acordo com o relatório, a taxa de crescimento observada na agricultura foi de 1,08%, o que elevou para 11,16% o crescimento acumulado nos primeiros sete meses de 2016. A receita gerada no setor agrícola foi de R$ 104,02 bilhões, respondendo por 53,46% do PIB do agronegócio mineiro.
Dentre os segmentos que compõem o setor agrícola, em julho, foi observado aumento nos segmentos primário (2,29%), de serviços (1,10%) e da indústria (0,71%). O segmento de insumos agrícolas foi o único a retrair, 1,48%. No acumulado do ano, todos os segmentos registraram alta, sendo que a maior foi verificada no primário, com elevação de 14,68%, seguido por serviços (11,3%), indústria (10,23%) e insumos (2,75%).
Dentre os produtos, os quatro principais – café, soja, milho e cana-de-açúcar- que respondem por 73,35% dos resultados da agricultura, apresentaram aumento no faturamento no período. A receita do café cresceu 22,66%, a soja 42,57%, milho 38,59% e cana-de-açúcar 12,05%.
No caso do café, a elevação corresponde ao aumento na quantidade produzida (24,05%), uma vez que foi verificada queda de 1,12% nos preços reais acumulados, na comparação com a média dos primeiros sete meses de 2015.
Em relação à cana-de-açúcar, a expectativa para o Estado é de crescimento de 3,31% na produção anual, com aumento dos preços reais em 8,46%. O aumento de 34,71% na produção de soja e o crescimento de 5,83% dos preços reais, no acumulado de janeiro a julho, frente igual período do ano passado, justificam o faturamento maior.
Já o faturamento do milho foi estimulado pelos preços, que atingiram alta de 58,96% de janeiro a julho na comparação com o mesmo período do ano anterior. A produção retraiu 12,8%.
Outros produtos também tiveram desempenho positivo no faturamento, como a mandioca (68,34%), feijão (66,71%), batata-inglesa (35,29%), laranja (30,51%), banana (21,55%) e algodão herbáceo (15,41%).
Fonte: (Diário do Comércio)