O Produto Interno Bruto (PIB) global do agronegócio cresceu 8,37% em 2002, movimentando R$ 424,32 bilhões, o que inclui desde a produção primária até a indústria de processamento, insumos e serviços. Em relação ao ano de 2001, houve um ganho de R$ 32,79 bilhões. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Com este resultado, o agronegócio passa a ter quase 29% do PIB total brasileiro.
O dólar valorizado, o que estimulou as exportações, e eficiência no campo, com o alto grau de profissionalização do setor, permitiram a boa performance aos agricultores. O bom desempenho reflete, sobretudo, o crescimento da produção primária. No primeiro semestre, os resultados já sinalizavam que iriam fechar positivos. O levantamento do Cepea e CNA mostra que houve um aumento da produção física das lavouras, de 5,8%, e evolução dos preços médios dos produtos agrícolas da ordem de 11,02%. O câmbio valorizado estimulou as exportações e os preços das commodities tiveram forte aumento no período. A pecuária foi a atividade que teve menor crescimento em razão, de acordo com a CNA e Cepea, do aumento da oferta no mercado mundial.
O setor de insumos industrias também apresentou crescimento, sobretudo com em razão das antecipações das compras de fertilizantes e insumos no primeiro semestre. Contabilizando a agropecuária, o aumento foi de 14,18%. Somente para a agricultura, a elevação foi de 16% nos doze meses do ano.
