Os analistas de mercado parecem recuperar o otimismo quanto à retomada do crescimento do país. Pesquisa semanal do Banco Central, realizada na semana passada junto com aproximadamente uma centena de consultores financeiros, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 3,68% em 2004. Maior, portanto, que a estimativa de 3,60% do início de janeiro.
A perspectiva de melhora parece pequena, mas vem acompanhada de estimativas melhores também em outros indicadores de mercado. Caso da expectativa de saldo da balança comercial, que aumenta um pouquinho a cada semana, sempre que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior anuncia o balanço semanal do comércio exterior.
O prognóstico que há um mês era de encerar o ano com saldo de US$ 20 bilhões está, agora, em US$ 20,55 bilhões. Expectativa que derruba a estimativa de déficit do saldo de conta corrente, que começou o ano com estimativa de US$ 3,20 bilhões e vem caindo gradativamente há sete semanas, ao ponto de o Boletim Focus apontar, hoje, para um déficit de US$ 2,40 bilhões no ano.
Notícias Relacionadas
Roberto Rodrigues é homenageado no MasterCana Brasil 2024
Cerimônia que valoriza a inovação e o protagonismo no setor bioenergético acontece no dia 21 de outubro, em São Paulo
Açúcar e etanol
Combustíveis em queda: preços caem em setembro
Etanol apresenta alta acumulada de 15,5%, contra 8,2% da gasolina
O mercado está menos otimista em relação à queda dos juros. A previsão da semana anterior quanto ao país encerrar 2004 com taxa básica de juros em 13,50% subiu para 13,63%; e a dívida líquida do setor público, que terminou 2003 equivalente a 58,2% do PIB, resiste às tentativas de redução. A perspectiva inicial de fechar este ano em 56% do PIB começa a ceder, e o prognóstico desta semana sobe para 56,10%, e isso eleva também a perspectiva sobre 2005, de 54,30% para 54,70%.
Tudo isso num contexto em que a taxa de câmbio termine 2004 em R$ 3,10 e que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não ultrapasse a perspectiva inflacionária de hoje, que é de 6,02% no ano. Índice que permanece quase igual ao projetado na semana passada, que era de 6,01%. Para o ano que vem, o mercado mantém estimativa de 5% para o IPCA.
Quanto à inflação de janeiro, que o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar nos próximos dias, os analistas consultados pelo BC apostam em um índice de 0,75%, contra perspectiva de 0,70% na semana passada; e a expectativa para o mês em curso é de inflação quase no mesmo nível: de 0,70%. Já a previsão de aumento dos preços passou de 6,01% na semana passada para 6,02% no relatório desta semana. (Fonte: Agência Brasil)
