O Piauí vem se posicionando para assumir a liderança na produção de etanol de milho no Nordeste, impulsionado por avanços tecnológicos e agilidade nos processos de licenciamento ambiental conduzidos pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). O mais recente exemplo é o Projeto Nordeste Bioenergia, desenvolvido pela Cajupi Administração e Participações, que recebeu esta semana a Licença Prévia (LP) para implantação de uma usina de etanol de milho em Baixa Grande do Ribeiro.

Com uma capacidade anual projetada de 222.337,50 m³ de etanol, a usina Nordeste Bioenergia não apenas atenderá à crescente demanda por biocombustíveis, como também estimulará a economia local. Durante a fase de construção, o projeto prevê a criação de até 750 empregos temporários, além de 150 postos permanentes quando a usina estiver em operação.

Este é o segundo projeto de etanol de milho no Piauí e o terceiro a ser implementado no Nordeste. Atualmente, a produção desse biocombustível na região é exclusiva da Usina Pindorama, em Alagoas. Detentora da primeira usina de flex do Norte-Nordeste do Brasil, a companhia, concluiu a moagem de 13,8 mil toneladas de milho e 25,1 mil toneladas de sorgo, gerando 15,1 milhões de litros de etanol e 16,1 mil toneladas de WDG.

Outro empreendimento relevante em curso é o da empresa Brasil Energia (Brasbio) em Uruçuí, cuja unidade industrial deve entrar em operação no primeiro semestre de 2026. Esta planta moderna, com investimento de R$ 700 milhões, terá capacidade inicial para processar 1,5 mil toneladas de milho por dia, na primeria etapa e 3 mil toneladas por dia, na segunda etapa, gerando mais de dois mil empregos diretos na região.

A usina da Brásbio, além de produzir etanol anidro e hidratado, será capaz de fabricar DDGS (Distillers Dried Grains with Solubles) e WDG (Wet Distillers Grains), subprodutos valiosos para a nutrição animal, especialmente de bovinos, nas fases de crescimento e produção.

Daniel Guimarães, diretor de licenciamento ambiental da Semarh, ressaltou o compromisso da secretaria em promover projetos que equilibrem inovação com responsabilidade ambiental. “Estamos trabalhando arduamente para fortalecer o desenvolvimento sustentável do Piauí, sempre em harmonia com a preservação ambiental”, declarou. O etanol de milho, além de ser uma fonte de energia renovável, é um aliado na redução das emissões de gases de efeito estufa, representando uma alternativa mais limpa aos combustíveis fósseis.

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Piauí avança para liderar produção de etanol de milho no Nordeste

Projetos estratégicos prometem revolucionar o setor até 2026