O petróleo voltou a subir hoje como novos indícios de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) pode cortar a produção a partir de abril. A alta acontece mesmo com a redução da demanda por conta do inverno ameno nos EUA.
O petróleo do tipo Light Sweet Crude para março fechou em alta de 0,59%, cotado a US$ 47,44 o barril em Nova York. Em Londres, o barril do tipo Brent para abril subiu 0,55%, para US$ 45,53.
Na sexta-feira, o secretário-geral da Opep, Adnan Shihab-Eldin, afirmou à Reuters que o cartel poderia ter que cortar a produção para o segundo trimestre mesmo se o consumo permanecesse robusto. Caso a demanda caísse bruscamente, o corte poderia ter que ser maior e mais rápido.
As chances de um corte pela Opep antes da reunião de 16 de março diminuíram por conta da demanda mais forte que o esperado, mas não foram eliminadas, acrescentou.
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Os preços vinham subindo na semana passada, depois que a EIA (agência do Departamento de Energia dos EUA, na sigla em inglês) divulgou um relatório que prevê um crescimento maior na demanda e menor na oferta, o que pode comprometer o fornecimento do produto nos mercados mundiais.
A agência reduziu sua expectativa de aumento do fornecimento do produto por parte dos países que não integram a Opep, principalmente da Rússia –onde a oferta vem aos poucos caindo. Além disso, o Departamento de Energia dos EUA divulgou uma queda de 1 milhão de barris nos seus estoques na semana passada, totalizando 294,3 milhões de barris. O estoque de destilados, por sua vez, registrou queda de 3 milhões de barris, chegando a 115,6 milhões de barris.
O estoque de combustível para calefação –um dos itens que mais pressionaram as cotações nos últimos meses– teve queda de 1,6 milhão de barris, totalizando 43,2 milhões.
