A cotação da moeda americana registrou valorização de 0,52%, negociada a R$ 2,879. O dólar subiu ontem pressionado, principalmente, pela elevação dos preços do petróleo. A cotação da moeda norte-americana registrou alta de 0,52%, fechando cotada a R$ 2,879. A remessa de recursos por grandes empresas também colaborou para a alta da moeda.
Mesmo assim, analistas consideram o cenário bastante positivo e mantêm a tendência de valorização do real frente à moeda norte-americana. Outro fator que impulsionou a alta, segundo analistas, foi a ida ao mercado de um grande banco de varejo, responsável pela compra US$ 100 milhões.
A moeda americana iniciou o dia em queda de 0,21%, por conta das notícias de que o Brasil captou €250 milhões na reabertura da operação feita em 8 de setembro.
A queda na cotação foi o suficiente para atrair compradores, revertendo a tendência que até então era de queda. “A procura pela moeda, incentivada pelo preço baixo, acabou forçando uma alta na cotação”, diz Miriam Tavares, da corretora AGK.
Analistas também afirmaram que o aumento da demanda, em momentos de queda na cotação, tem sido reforçado pelo temor de intervenção do Banco Central (BC).
“Sempre que o dólar se aproxima de R$ 2,85, voltam os rumores de que ocorreria uma intervenção para impedir uma queda grande da cotação, o que afetaria a competitividade das exportações brasileiras; isto pressiona a demanda”, diz um analista.
Mas o principal fator que ontem influenciou a alta da moeda norte-americana foi a cotação do petróleo tipo WTI, negociado em Nova York. O barril subiu 2,65%, negociado a US$ 48,35.
“Sempre que o óleo sobe, há a expectativa de que a Petrobras repasse o aumento para os consumidores, com reflexos diretos na inflação e, por conseqüência, na política de juros, causando uma deterioração das condições do País”, disse Miriam.
No médio prazo, apesar da alta de ontem, os analistas ainda apostam na tendência de desvalorização, mas com uma ressalva. Tudo depende do teor da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser divulgado hoje. “Se ocorrer alguma quebra de expectativa, isto pode influenciar no mercado como um todo, forçando uma alta da moeda”, diz a diretora AGK.
“Sem grandes novidades, a tendência é favorável e o dólar não deve sofrer grandes oscilações.” É a mesma opinião do analista da corretora Novação, Marco Battistel. “O cenário futuro se mostra tranqüilo, com indicadores como o risco País dando sinais claros de melhora.”
Ontem, por exemplo, o risco Brasil recuou 0,28%, para 489.74. No mês, a queda acumulada já chega a 11,52%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os juros futuros mostraram uma ligeira tendência de alta.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2005 – o mais líquido – projetou uma taxa anualizada de 16,72%, com 255,6 mil negócios, uma alta de apenas 0,02 ponto percentual sobre o dia anterior.