O preço do petróleo voltou a subir nesta segunda-feira com os novos temores no mercado quanto a uma eventual falta do produto durante o inverno no hemisfério Norte.
O barril para entrega em janeiro, nova referência na Bolsa de Valores de Nova York, estava cotado, às 8h16 (horário de Brasília), a US$ 49,33, alta de 0,9%. Os contratos para dezembro, que venceram na sexta-feira (19), encerram a negociação da semana passada cotados a US$ 45.
Os aumentos contínuos dos estoques de petróleo nos EUA vinham reduzindo as preocupações no setor petrolífero, mas o último relatório do Departamento de Energia dos EUA revelou um resultado inferior ao esperado (aumento de 800 mil, contra uma expectativa de 2 milhões).
Os estoques de destilados de petróleo –que incluem óleo diesel, combustível para aquecedores e querosene para aviões–, por sua vez, vêm caindo.
As intenções da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) também começam a inquietar os ânimos dos investidores. Representantes do Irã e da Venezuela no cartel sugeriram na semana passada uma redução na cota de produção dos países membros, para evitar que os preços despenquem.
Os esforços da organização de tentar elevar a produção de seus membros contribuíram nos últimos meses para conter a disparada de preços da commodity. A próxima reunião do cartel deve ocorrer no dia 10 de dezembro.
O barril do petróleo Brent para entrega em janeiro, negociado em Londres, atingiu US$ 45,46 hoje.
A situação da gigante petrolífera russa Yukos continua a afetar a confiança dos investidores. Diversos oficiais da empresa tiveram suas casas revistadas em uma ampla investigação que está sendo realizada pelo governo, segundo uma fonte da Yukos ouvida pela agência de notícias russa Interfax.
A Yukos tem uma dívida de mais de US$ 18 bilhões em impostos atrasados.