A Petrobras informou ao mercado nesta terça-feira que o bloco Seal-100, nas águas profundas da bacia de Sergipe-Alagoas, agora denominado campo de Piranema, é viável comercialmente.
O próximo passo da estatal é apresentar o plano de desenvolvimento à Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O novo campo tem reservas recuperáveis de 76 milhões de barris de petróleo de qualidade considerada alta – entre 41 e 43 API -, confirmando a vocação da região, que hoje produz cerca de 36 mil barris diários no mar e sete mil barris em terra.
A Petrobras terá agora que submeter o plano de desenvolvimento do campo à agência reguladora do setor, que aprovou a viabilidade do campo na segunda-feira.
Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, o sistema de produção a ser adotado no campo deverá ser provisório, para que tenha início no prazo máximo de um ano.
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“Se for abrir licitação para comprar plataforma vai levar dois ou três anos”, explicou um assessor da estatal.
A descoberta foi anunciada no início do ano passado pela ANP e faz parte do rol de inúmeras divergências entre a diretoria da autarquia e o governo federal.
Na época, a ANP teria se antecipado à estatal e anunciado possíveis descobertas de uma reserva de 1,9 bilhão de barris de petróleo e gás, o que foi desmentido posteriormente.
A produção da Petrobras em campos nacionais vem aumentando. Segundo os últimos dados da estatal, em julho foram produzidos 1.520.963 barris/dia, um aumento de 1,9% sobre junho.
Este aumento deveu-se à entrada em operação de dois poços no Campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, responsáveis pela elevação da produção em 34,2 mil barris/dia em julho.
