Além de garantir o ritmo de investimentos no pré-sal, a Petrobras quer entrar na petroleira portuguesa Galp para defender o interesse do etanol brasileiro nas discussões sobre a política de biocombustíveis que será adotada pela União Europeia.
Para ter assento privilegiado, a Petrobras terá de entrar em dois negócios que não são estratégicos nesse momento -rede de postos de gasolina e refino de petróleo.
A União Europeia decidiu reduzir em 20% a emissão de gases causadores do efeito estufa até 2020, uma meta ambiental considerada bastante ousada.
Nos próximos anos, a prioridade dos europeus é definir quais biocombustíveis deverão incentivar o consumo para atingir essa meta.
Produzido a partir da cana-de-açúcar, o etanol brasileiro compete na Europa com outros biocombustíveis locais, como o de trigo e o de beterraba, produzidos por países do Leste Europeu.
EMISSÕES
O etanol brasileiro, no entanto, é visto como um dos combustíveis de origem vegetal mais capazes de reduzir a emissão de poluentes.
Segundo a agência ambiental americana, o álcool brasileiro de cana emite 61% menos gases do que a gasolina, enquanto o etanol de milho produzido nos EUA emite apenas 30% menos.
Na avaliação da emissão real de gases-estufa, os técnicos consideram o volume de gases que a produção e o transporte do biocombustível ocasionaram.
Ela leva em conta fatores como eficiência na produção de energia, impacto ambiental causado pela produção, além do desmatamento provocado pela agricultura, entre outros fatores. (TS e JW)