Reuters/Brasil Online
SÃO PAULO (Reuters) – A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta nesta quinta-feira, mas abaixo das máximas do dia, com a queda do preço do petróleo pressionando o principal papel da bolsa. A otimismo com o cenário para ativos de risco, entretanto, prevaleceu, depois que dados de inflação nos Estados Unidos reforçaram comentários feitos pelo Federal Reserve na véspera que indicaram preocupação menor com as pressões inflacionárias. O risco-país registrou novo recorde de baixa, aos 181 pontos-básicos.
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada esta manhã também contribuiu para o bom desempenho do mercado, à medida que abriu espaço para um período mais longo de cortes.
“A ata sinalizou (corte de) 0,25 ponto percentual daqui para a frente. Mudou pouca coisa (em relação à última ata), veio um pouco melhor do que o mercado esperava’, comentou um operador que preferiu não ser identificado.
O principal indicador da bolsa paulista avançou 0,39 por cento, para 44.815 pontos. Na máxima do dia, alcançou 45.211 pontos, perto do recorde de fechamento de 45.382 pontos, registrado em 2 de janeiro.
O volume financeiro da sessão foi forte, 3,65 bilhões de reais, acima da média diária recorde de janeiro, de pouco mais de 3 bilhões de reais.
Os papéis da Petrobras foram os mais negociados do dia e perderam 0,28 por cento, para 46,74 reais. O petróleo encerrou em baixa de 0,84 dólar em Nova York, a 57,30 dólares por barril.
Vivo e Sabesp foram os destaques de alta, com valorizações de 6,79 por cento e 5,93 por cento, respectivamente.
Segundo um operador, as compras de Vivo foram concentradas em poucas corretoras, enquanto Sabesp subiu com ajuda da melhora da recomendação do UBS Pactual, que a elevou de ‘reduzir’ para “comprar’, aumentando também o preço-alvo de 255 para 400 reais.
A instituição mencionou perspectiva de aumento de dividendos, melhora da estrutura regulatória e preço barato do papel, entre outros motivos.
Já entre as maiores baixas ficaram as ações da Cosan, depois que o vice-presidente executivo da empresa disse que a maior produtora de álcool e açúcar do Brasil poderá emitir ações no caso de sua proposta de compra da usina Vale do Rosário ser concretizada.
Além disso, a corretora Merill Lynch disse em relatório nesta quinta-feira que a consolidação do setor já está precificada no preço do papel e que eventual força na ação é uma oportunidade de venda.
(Por Juliana Siqueira)
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2007/02/01/287696437.asp