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Petrobras captou US$ 8 bilhões em 2008

Para 2009, acredita que vão conseguir investimentos para desenvolver os projetos da empresa, e segundo Gabrielli, mesmo sem aprovação do orçamento para o próximo ano, foi entregue em agosto ao Congresso Nacional, as previsões de investimentos na ordem de 72 bilhões de reais.

Para 2009, acredita que vão conseguir investimentos para desenvolver os projetos da empresa, e segundo Gabrielli, mesmo sem aprovação do orçamento para o próximo ano, foi entregue em agosto ao Congresso Nacional, as previsões de investimentos na ordem de 72 bilhões de reais.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, e os diretores da Companhia concederam entrevista no daí 22 de dezembro (segunda-feira), durante encontro de final de ano com jornalistas. No evento, falaram sobre o adiamento da aprovação do Plano Estratégico da Petrobras para o período 2009/2013, sobre projetos para o pré-sal, empreendimentos na área de refino e petroquímica, biocombustíveis e captação de recursos, entre outros temas.

Gabrielli afirmou que existem incertezas quanto a variáveis como câmbio e preços do barril de petróleo, que vêm apresentando grandes oscilações, e que, por isso, o Conselho de Administração da Petrobras optou, em decisão unânime, por não aprovar o Plano Estratégico em sua reunião da última sexta-feira (19/12) e por continuar a análise de dados. “Nos últimos seis meses, tivemos uma gigantesca variação dos preços do petróleo. Em junho e julho, indo a quase 150 dólares o (barril tipo) Brent. E uma gigantesca queda do petróleo, com o WTI (West Texas Intermediate) indo a US$33”, explicou.

Por outro lado, o presidente destacou que a conjuntura atual pode apontar para uma queda nos custos da indústria do petróleo. “Neste quadro de contração de demanda, o custo de materiais, equipamentos e serviços deverá ser mais baixo. Porém, o quanto e quando vai cair? Não se sabe, porque a resposta da cadeia de suprimentos da indústria é mais lenta que a variação de preços, que é bem rápida. Isto também colocou incertezas em relação ao custo de nossos investimentos novos. Precisamos de uma clareza maior em relação a preços e custos”, explicou.

Pré-sal – Sobre investimentos no pré-sal, o diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, confirmou que está previsto para março de 2009 o teste de longa duração em Tupi e para dezembro de 2010, o projeto-piloto de produção em Tupi. Estrella destacou também as perspectivas para a produção no pré-sal na região conhecida como Parque das Baleias (na Bacia de Campos): “Temos um poço em produção e já perfuramos mais dois poços, que resultaram em estimativas de produtividade muito altos. O desenvolvimento do Parque das Baleias está sendo estudado para anteciparmos o máximo possível a produção”.

Refino e petroquímica – O diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, explicou que os projetos na área de refino e petroquímica estão em andamento, mas que eles estão em etapas distintas. “Os projetos estão dentro do plano (estratégico), mas estão em fases diferentes”, frisou. Segundo o diretor, a refinaria Abreu e Lima e o Comperj estão em execução, em fase de terraplanagem. Já as refinarias do Maranhão e Ceará ainda estão no projeto conceitual, uma fase ainda inicial.

Captação de recursos – Almir Barbassa, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, destacou que a Petrobras possui um bom portfólio de projetos, o que deverá ser um diferencial para captação de recursos em uma situação de escassez de crédito no mercado internacional. “Este ano conseguimos captar mais de US$ 8 bilhões. A Petrobras tem um excelente portfólio de projetos. Isto atrai o investidor. Por isso, acredito que vamos conseguir suprir as necessidades da empresa para 2009”.

Preço de combustíveis – Perguntado se a Petrobras reduziria o preço dos combustíveis, por conta da queda no preço do barril do petróleo, o presidente Gabrielli reafirmou a posição da Companhia de não repassar para o mercado interno as oscilações de curto prazo no mercado externo.

Etanol – O presidente da Petrobras Biocombustível, Alan Kardec, disse estar otimista quanto à demanda internacional pelo etanol. “O etanol de cana-de-açúcar é competitivo com o barril de petróleo em torno de US$40. Além disso, há a questão ambiental, a necessidade de haver um aumento no percentual de energia renovável utilizada na matriz energética mundial”, afirmou.