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Petrobrás avalia combustíveis e mercado apostaemnova alta

A Petrobrás concluirá na semana que vem novos estudos sobre o preço dos combustíveis. Segundo o diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, isso é feito regularmente para avaliar a necessidade de reajustes, com base no comportamento da cotação internacional do petróleo.

Costa não antecipou a decisão, mas lembrou que houve queda nas cotações do petróleo nos últimos dias. Mesmo assim, especialistas e executivos do setor mantêm a apostaemnovo aumento este ano. “Não está nada certo ainda, estamos apenas analisando o novo cenário, com petróleo em queda”, disse o diretor. Desde o último reajuste dos combustíveis, dia 15 de outubro, o petróleo Brent, negociado em Londres, por exemplo, caiu cerca de 6%.Nesse período, o real também se valorizou ante o dólar. Câmbio e cotações internacionais do petróleo e derivados são os principais fatores usados no cálculo do preço dos combustíveis no País.

Segundo analistas, atualmente a Petrobrás vende seus produtos por umpreço entre US$ 40 e US$ 45 o barril de petróleo. Os últimos reajustes da gasolina e do diesel, de 4% e 6%, respectivamente, foram considerados insuficientes para cobrir os custos decorrentes da nova cotação internacional do petróleo.

Por isso, o mercado esperava nova alta para depois do segundo turno das eleições municipais. Mas a defasagem já mostra sinais de queda. Nos cálculos da Tendências Consultoria, por exemplo, a diferença, que já chegou perto de 30% no caso da gasolina, está hoje em torno de 15%. Apesar disso, a onsultora Fabiana Fantoni ainda acredita em outro reajuste este ano, que poderia chegar a 6%nas bombas. “Seria bom para a empresa equilibrar os preços com omercado internacional para começar 2005 zerada”, avalia.

Nos últimos dois anos, a estatal vem mantendo os preços por prazos mais longos, acumulando perdas em períodos de alta nas cotações internacionais e formando um colchão em tempos de baixa. Executivos do mercado concordam e dizem que, mesmo caindo, o petróleo ainda está perto dos US$ 50, o que justifica novo reajuste. Segundo uma fonte, a defasagem no preço do diesel é a que causa mais prejuízo à estatal.