A Petrobras Biocombustível inaugurou ontem (12) a ampliação de 40% da usina de biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros (MG), um investimento de R$ 28 milhões.
A unidade passará a produzir 152 milhões de litros por ano, quase o triplo do início da produção da unidade em 2009, de 57 milhões de litros por ano.
Com a expansão, a capacidade de produção da Petrobras Biocombustível salta para 765 milhões de litros por ano, informou em nota a empresa, uma subsidiária da Petrobras.
Do total investido, R$ 10 milhões foram destinados às obras e o restante será usado para fortalecer a agricultura familiar do Estado.
“Com esse investimento, vamos ampliar a oferta, reduzir a necessidade de importação de outros Estados para atender o mercado mineiro, ampliar os empregos e a renda agrícola na região”, afirmou na nota o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto.
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Minas Gerais é o segundo maior consumidor de biodiesel do país.
No Brasil, o biodiesel é misturado obrigatoriamente ao diesel fóssil desde 2008. No início, a proporção da mistura era de 2% do volume total e hoje é de 5%. O governo discute o aumento desse percentual, mas encontra a resistência de distribuidores de combustíveis.
Segundo o presidente do Sindicom (Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis), Alísio Vaz, os distribuidores estão argumentando com o governo que o aumento da mistura do biodiesel em um momento que está se fazendo a implantação de um diesel fóssil menos poluente no país, o S-10, poderia complicar a já estressada logística de distribuição.
“O governo está revendo o programa de biodiesel, deve ter um novo marco regulatório e tem que mudar a lei para ser mais que 5% como estava previsto, mas com toda essa situação do país, mexer no biodiesel não é recomendável”, disse Vaz ontem em entrevista sobre o balanço de 2012.
Ele estima que o aumento da mistura só deverá ocorrer em 2014.
